sábado, 12 de marzo de 2011

Água de Beber

Há uma coisa que eu sinceramente desejo para toda e qualquer criatura digna de ser chamada humana: a capacidade de deixar-se apaixonar. Por pessoas, idéias, lugares, posibilidades e até por si mesma. Amar a qualquer coisa sem pensar no amanhã, como um adolescente. O amor, por piegas que soe, é a única força capaz de mover-nos através de continentes, que nos faz cruzar oceanos e encontrar motivos para seguir descobrindo caminhos ainda que às vezes que tudo pareça um pouco cinza e todos os rostos carrancudos.
Sem a possibilidade do amor, nada faz sentido… Viver uma vida sem esas paixões incríveis pelas quais somos arrebatados e tirados de nosso eixo é como estar constantemente a procura de água num deserto. Porque alguém faria isso?
 Não amar é a verdadeira irracionalidade.
Eu amo sim, intensamente e me apaixono com enorme freqüência por todo o tipo de coisas. Minha última paixão foi uma idéia tão louca que vim vivê-la do outro lado do Atlântico. Depois de ficar meses obsecada, pesquisando, me inscrevendo em universidades, fazendo exames. Pensando nisso agora, foram 6 meses da minha vida dos quais eu quase não me lembro de ter vivido; só lembro de estar febrilmente apaixonada pela possibilidade de estudar na Europa. E aqui estou. Na Espanha, efetivamente estudando, com uma bolsa de estudos. E tudo isso só foi possível porque eu ousei sair da minha zona de conforto e me apaixonar loucamente por essa idéia, que virou uma possibilidade e por fim uma realidade.
Que houve, há e haverá contratempos e decepções, evidente que sim. Em qualquer tipo de amor que se pense. Mas isso… ah isso é tão ínfimo perto da alegria que um grande amor pode trazer. Por isso meus amigos tão queridos, eu lhes aviso, lhes afirmo, lhes peço, lhes imploro: amem! Muito e sempre. Sua família, seu trabalho, seus projetos, seu cachorro, gato, papagaio, sua banda ou filme favorito, seus amigos,  seu namorado(a) e se precisar até sua sogra de vez em quando. Assuma estes amores até o fim, diga em alto em bom som e que o mundo inteiro saiba. É o mínimo que você pode fazer por si próprio. E a melhor coisa que posso desejar para qualquer um. E quando o amor acaba… bem acabou. Mas vale a pena ter vivido até o último suspiro.
Roubando, mais uma vez, Tom Jobim : “o medo pode matar o teu coração”. E mata mesmo.  

6 comentarios:

  1. Rach, tô contigo e não abro! A vida não vale a pena sem paixão. Apaixonar-se, entregar-se de corpo e alma, esse é o segredo de uma existência menos mesquinha. O amor, a paixão, a entrega - ingredientes essenciais para uma vida menos insossa. Não amar é quase como não existir, é passar a vida em brancas nuvens. Eu amo, eu me apaixono, por coisas, por pessoas, por ideias, e isso dá sentido à minha vida.

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  2. Eu AMEI esse post. Vale esse tipo de amor?

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  3. Amar é a origem de tudo. Se Deus não tivesse nos amado, não seríamos. Ponhamos amor em tudo e até o mais trágico será como uma chuva passageira! Amo muito reflexões sobre o amor!
    Tks Raq!

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  4. Arrasou mais uma vez! COmigo é assim também. Amo e deixo de amar coisas e ideias que vão surgindo na minha vida - talvez até por isso eu esteja sempre tentando algo, pensando em algo novo, namorando uma ideia. Talvez por isso mesmo eu viva constantemente com a sensação de que ainda não me encontrei(aos 36 anos!!), ainda não sei o que quero da vida, porque cada hora quero uma coisa diferente.
    Beijos

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  5. Super Raquel!!! Miss u Claudia

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  6. Depois desse post, me dei conta d q talvez esse seja o meu problema: falta de amor!
    Raquel, blogueira e guru!

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