domingo, 5 de diciembre de 2010

Ego vs Alter

Tatu
Após descer dois terços das escadas intermináveis até o trem, ouço uma batida conhecida… tata tatata tatatata… Parecia que tinha uma TV ligada em algum canto, transmitindo os especiais de fim de ano da globo.
O cantor de música brega da estação Príncipe de Vergara tem Roberto Carlos em seu repertório. Versão dublada em espanhol, é claro.
Dois días depois no mesmo ponto na estacão Príncipe de Vergara, um clarinete, bem diferente da voz estridente de antes. Tocava tico-tico no fubá. Lindo, lindo, lindo…
Black hole
Não sei se é o frio, as preocupações das últimas semanas, a impossibildade de resolver tantos probleminhas, a aproximação das festas de fim de ano ou tudo isso junto, mas entrei numa fase de introversão… me sinto como um buraco negro engolfando tudo ao seu redor desde estrelas brilhantes e belas até o pó mais sujo e desprezível. E assim tenho passado estes últimos días entre o sublime e o mundano, a alegría e a dor, a excitação e o tédio. De tudo isso me saturando. Invevitavelmente. Constantemente. Crescentemente.
 Prevejo explosões cósmicas em breve.
               
              Meu nome não é Telma.
                Eu realmente sinto se é uma decepção viver comigo, mas meu nome não é Telma. Se a Telma era a sua melhor amiga no mundo, bem, talvez ela não deveria ter ido embora. Mas ela foi, buscou outra vida e agora eu estou aqui ocupando o espaço que antes era dela. E, por mais que você não goste, este espaço agora não é mais da Telma. É meu.
A Telma fazia as coisas de tal jeito e você já estava acostumada, não é? A Telma tinha uma vida tão torpe quanto a sua, não é? Mas agora ela não tem mais, e quase nunca te vê. Mas de qualquer maneira, dá na mesma. Porque eu não sou a Telma. Tampouco quero ser a Telma. Porque a Telma é uma pessoa que não sou eu. Sei que e muito complexo, mas você pode entender?   
A Telma e você tinham algo especial, ela fazia o que você mandava e o que você quería. Eu também deixei amigos tão especiais para trás. Mas eu não sou a Telma. E não é que eu faça as coisas do jeito errado, não é mesmo? É que simplesmente eu sou a pessoa errada. Sinto informar-lhe, mas eu vim para ficar e esse “jaleo” todo não mudará minha resolução, ainda que me faça viver sobre um chão de ovos que você arroja diariamente sob os meus pés. Mas ainda assim, eu não sou a Telma. E simplesmente não há nada que você possa fazer.
Prazer, meu nome é Raquel.